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Inventário: o que é, etapas e como funciona

O inventário é um processo necessário para a divisão dos bens de uma pessoa falecida entre seus herdeiros.

Esse procedimento pode ser feito de forma judicial ou extrajudicial, dependendo da situação da família e da existência de um testamento.

Além de garantir a partilha correta dos bens, o inventário é essencial pra evitar problemas legais e financeiros.

O que é inventário?

O inventário é um procedimento legal obrigatório que tem como objetivo listar e formalizar todos os bens, direitos e obrigações deixados por uma pessoa falecida.

Esse processo é essencial pra garantir a transferência dos bens aos herdeiros de acordo com a lei ou um testamento, caso exista.

No inventário, são levantados imóveis, veículos, contas bancárias, investimentos, participações societárias e até dívidas pendentes.

Com isso, o patrimônio do falecido é regularizado e pode ser devolvido.

Esse processo pode ocorrer de duas formas:

• Judicial: obrigatório quando existe testamento ou desentendimento entre os herdeiros;

• Extrajudicial: feito em cartório quando todos os herdeiros estão de acordo e não há testamento.

A escolha entre esses dois formatos influencia diretamente no prazo e na complexidade do inventário.

Para que serve um inventário?

O inventário tem um papel fundamental na organização e legalização do patrimônio deixado por uma pessoa falecida.

Sem esse processo, os bens ficam bloqueados, impedindo os herdeiros de vender, transferir ou regularizar qualquer propriedade ou recurso financeiro.

Além disso, o inventário também serve para:

• Garantir a partilha justa dos bens: distribuindo-os conforme a lei ou o testamento deixado;

• Evitar conflitos entre herdeiros: formalizando juridicamente quem tem direito a cada bem;

• Regularizar imóveis e veículos: permitindo a transferência de propriedade para os herdeiros;

• Quitar dívidas deixadas pelo falecido: pagando os credores dentro dos limites do patrimônio herdado.

Sem inventário, os herdeiros não conseguem dispor legalmente dos bens, o que pode gerar complicações e até multas pelo atraso no processo.

Quais são os tipos de inventário?

Como vimos, o inventário pode ser realizado de duas formas: judicial ou extrajudicial. Cada modalidade tem suas particularidades e prazos, impactando diretamente o tempo e os custos do processo. Entenda:

Inventário judicial

O inventário judicial é obrigatório quando há herdeiros menores de idade ou incapazes, quando existe testamento ou quando há discordância entre os herdeiros sobre a divisão dos bens. Esse processo é conduzido pela Justiça e pode seguir diferentes caminhos:

• Inventário litigioso: ocorre quando existem disputas entre os herdeiros e o juiz precisa decidir sobre a partilha dos bens. Esse é o tipo de inventário mais demorado e custoso, podendo levar anos para ser concluído;

• Inventário consensual: mesmo sendo judicial, pode ser mais rápido se todos os herdeiros estiverem de acordo com a partilha. Ainda assim, é necessário um advogado pra conduzir o processo na Justiça.

Esse tipo de inventário exige maior acompanhamento jurídico e pode ser mais burocrático, já que cada etapa precisa ser validada pelo juiz.

Inventário extrajudicial

O inventário extrajudicial é uma alternativa mais rápida e menos burocrática, realizada diretamente em cartório.

Ele pode ser feito quando todos os herdeiros são maiores de idade e estão de acordo com a divisão dos bens, além de não haver testamento registrado.

As principais vantagens desse tipo de inventário são:

• Agilidade: o processo pode ser concluído em poucos meses, dependendo da documentação;

• Menos custos: como não existe necessidade de tramitação na Justiça, os gastos com honorários advocatícios e taxas são reduzidos;

• Menos burocracia: as partes resolvem tudo diretamente com o tabelião do cartório, sem precisar de audiência ou decisão judicial.

No entanto, mesmo no inventário extrajudicial, é obrigatório o acompanhamento de um advogado pra garantir que os termos do acordo sejam cumpridos corretamente.

Qual é a importância de fazer um inventário?

O inventário é essencial pra garantir que os bens do falecido sejam legalmente transferidos para os herdeiros, evitando bloqueios e complicações jurídicas no futuro.

Sem esse processo, os bens permanecem indisponíveis, impossibilitando vendas, transferências ou qualquer outra movimentação legal.

Além disso, um inventário bem conduzido previne conflitos familiares e assegura que a divisão do patrimônio seja feita de forma justa.

Outra questão importante é a regularização tributária, pois o pagamento do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) é obrigatório.

Caso o inventário não seja feito no prazo estabelecido, os herdeiros podem sofrer penalidades, como multas e juros sobre os impostos devidos.

Fazer o inventário também protege o patrimônio contra possíveis credores. Dívidas pendentes do falecido são quitadas com o espólio antes da partilha, garantindo que os herdeiros não herdem responsabilidades financeiras além do valor da herança.

Por fim, a conclusão do inventário permite que os herdeiros utilizem e administrem os bens recebidos de forma regularizada, sem impedimentos legais pra vender, alugar ou investir o patrimônio herdado.

Quais são as etapas do processo de inventário?

O processo de inventário envolve uma série de etapas que garantem a partilha correta dos bens e o cumprimento das obrigações legais. As principais fases são:

• Reunião de documentos: os herdeiros devem providenciar a documentação necessária, como certidão de óbito, RG e CPF do falecido e comprovantes dos bens a serem partilhados;

• Nomeação do inventariante: a família escolhe ou a Justiça define quem será responsável por administrar o espólio e conduzir o processo;

• Levantamento dos bens e dívidas: é feito um balanço detalhado de todos os bens, direitos e obrigações deixados pelo falecido;

• Escolha do tipo de inventário: se todos os herdeiros estiverem de acordo e não houver testamento, o inventário pode ser extrajudicial. Caso contrário, o processo será judicial;

• Cálculo e pagamento do ITCMD: esse imposto deve ser pago antes da partilha dos bens, e a alíquota varia conforme o estado. Se o prazo for descumprido, há incidência de multas e juros;

• Partilha dos bens: após a quitação de dívidas e impostos, os bens são divididos entre os herdeiros de acordo com a lei ou conforme estabelecido no testamento;

• Registro da partilha: no fim do processo, os bens são transferidos formalmente para os herdeiros, com registros nos cartórios e órgãos responsáveis.

Cada uma dessas etapas pode variar em tempo e custo, dependendo do tipo de inventário escolhido e da complexidade da herança.

Como fazer um inventário?

O inventário pode ser feito de forma extrajudicial (em cartório) ou judicial (na Justiça), dependendo das condições da herança.

Para iniciar o processo, é necessário reunir documentos, escolher um inventariante e, se necessário, contratar um advogado. Além disso, é preciso quitar impostos e taxas antes da conclusão da partilha.

A escolha do procedimento adequado depende da existência de testamento e do consenso entre os herdeiros.

O inventário extrajudicial é mais rápido e simples, enquanto o judicial pode ser mais demorado, principalmente se houver disputas entre os herdeiros.

Requisitos no cartório

Para que o inventário seja feito em cartório, sem a necessidade de um processo judicial, é necessário cumprir os seguintes requisitos:

• Todos os herdeiros devem ser maiores de idade e capazes legalmente (sem necessidade de representação judicial);

• Não pode haver testamento registrado. Se houver, a partilha deve ser feita obrigatoriamente na Justiça;

• Todos os herdeiros devem estar de pleno acordo sobre a divisão dos bens. Caso haja qualquer discordância, o processo precisará ser judicial;

• A presença de um advogado é obrigatória pra orientar o processo, mesmo sendo extrajudicial.

Se qualquer um desses requisitos não for atendido, o inventário deve ser feito por meio da Justiça.

Quanto tempo demora a conclusão de um inventário?

O tempo de duração do inventário depende do tipo de processo escolhido:

• Inventário extrajudicial: quando todos os herdeiros estão de acordo e a documentação está correta, o processo pode ser concluído em cerca de dois a seis meses.

• Inventário judicial: se houver testamento ou desacordo entre os herdeiros, o prazo pode se estender por anos, dependendo da complexidade do caso e da quantidade de bens envolvidos.

A demora pode ser causada por diversos fatores, como a necessidade de avaliação de bens, discussões entre os herdeiros e a lentidão do sistema judiciário.

O que acontece se não fizer o inventário?

Se o inventário não for realizado, os bens do falecido ficam bloqueados e não podem ser vendidos, transferidos ou utilizados legalmente.

Isso pode gerar diversos problemas para os herdeiros, como:

• Imóveis sem regularização, impedindo a venda ou o uso;

• Contas bancárias inacessíveis, impossibilitando o saque de valores;

• Veículos sem possibilidade de transferência;

• Empresas sem representante legal, podendo ter dificuldades operacionais.

Além disso, a ausência do inventário pode gerar dívidas tributárias e até disputas judiciais entre os herdeiros. Por isso, é essencial iniciar o processo o quanto antes pra evitar complicações.

Como ficam as dívidas no inventário?

As dívidas do falecido não desaparecem, mas também não são automaticamente transferidas aos herdeiros.

O que acontece é que essas obrigações são pagas com os bens deixados. Se o patrimônio for suficiente, as dívidas são quitadas antes da partilha.

Se os bens não forem suficientes pra cobrir todas as dívidas, a herança é usada pra pagar o máximo possível, e o restante da dívida não pode ser cobrado dos herdeiros.

Ou seja, ninguém precisa pagar do próprio bolso valores que ultrapassem o patrimônio do falecido.

Por outro lado, se o falecido deixou mais bens do que dívidas, o saldo restante é distribuído normalmente entre os herdeiros.

Por isso, é importante fazer o inventário o quanto antes pra regularizar essa questão e evitar cobranças indevidas.

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01/07/2025

    Acesso rápido

  1. Inventário: o que é, etapas e como funciona
  2. O que é inventário?
  3. Para que serve um inventário?
  4. Quais são os tipos de inventário?
  5. Qual é a importância de fazer um inventário?
  6. Quais são as etapas do processo de inventário?
  7. Como fazer um inventário?
  8. Quanto tempo demora a conclusão de um inventário?
  9. O que acontece se não fizer o inventário?
  10. Como ficam as dívidas no inventário?
  11. Cuide da saúde financeira com o SPC Brasil

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